Equipe do projeto HackaTruck inicia atividade de capacitação na UFT

A equipe do HackaTruck MakerSpace, projeto de capacitação profissional itinerante da área de Tecnologia da Informação, iniciou nesta segunda-feira, 16 de janeiro, na UFT, as atividades do curso de qualificação  voltado para o desenvolvimento iOS com aplicação em Internet das Coisas. A primeira aula do curso, que terá 5 semanas de duração, foi designada para apresentação dos instrutores e das instalações do caminhão. Durante a aula, a turma também participou de uma dinâmica para definição das equipes de trabalho e receberam as boas-vindas do gerente de Pesquisas e Desenvolvimento da IBM, Luís Flávio da Silva.

O objetivo do projeto é oferecer no laboratório móvel, capacitação profissional que abrange áreas como Programação Swift, Internet das Coisas (IoT) e aplicação dos conceitos e práticas  de serviços cognitivos em nuvem. Para que isso seja possível, o  caminhão do projeto HackTruck é equipado com a linha de aparelhos da Apple, impressoras 3D e cortadoras a laser, além do Watson, que é uma plataforma de inteligência artificial e serviços cognitivos da IBM. Ao final do curso, as equipes formadas nesta primeira aula devem apresentar projetos tecnológicos desenvolvidos através dos conhecimentos obtidos no curso e que possam ser usados para solucionar problemas locais. 

Edilson Almeida, que é um dos instrutores do projeto, explica  como o curso será estruturado durante as cinco semanas de capacitação: "A gente está dividindo o curso em três grandes módulos, que são a parte de Internet das Coisas, a parte de Cloud  e a parte de Swift. Na parte de Swift, a gente traz uma inovação, onde utiilizamos a linguagem da Apple. Então, os alunos passam por essas três etapas  e a última e grande etapa é a entrega  de um projeto final que eles desenvolverão, onde o tema será escolhido por eles a partir do grupo que eles formaram hoje. Dentro desse grupo, durante todas as aulas eles vão apreender conteúdos para conseguir fazer essa entrega final. O que a gente pode adiantar é que eles devem pensar em problemas da comunidade em que eles estão”. 

Para Luís Flávio da Silva, a parceria entre o projeto HackaTruck e a UFT contribui tanto para a melhor qualificação dos profissionais da área de tecnologia, como também colabora para o desenvolvimento regional, já que os estudantes são instigados a pensar soluções tecnológicas para problemas de sua região: “Quando a gente vem aqui para a UFT, a gente entende que ajudando a Universidade a se aproximar do ecossistema  de tecnologia que existe aqui na região e isso é muito importante.  Além disso, os alunos que estão aqui no curso, são moradores da região, conhecem os problemas e  sabem como podem resolver com tecnologia esses problemas. Então, eles vão trazer essas ideias para  o HackaTruck e aqui eles desenvolvem as soluções para resolver esses problemas da região”.

O professor Tanilson Dias dos Santos, que coordena a estadia do projeto na UFT, destaca a importância dessa segunda visita do HackTruck à Universidade: "Esse projeto de capacitação traz um acordo  de cooperação  e intercâmbio  científico e tecnológico, que traz palestras, traz aulas,  e fala sobre temas que são tendências para o desenvolvimento Web Mobile, como por exemplo, desenvolvimento de aplicativos para iOs, Internet das Coisas, serviços em nuvem. Além disso, eles trazem  a novidade que é trabalhar  com sistemas embarcados, porque o HackaTruck em si é um laboratório móvel. Então, receber ele aqui na UFT é uma oportunidade única, pois enquanto Instituição no Norte e na Amazônia Legal, a gente tem uma dificuldade de receber projetos como esse , porque geralmente esses projetos grandes ficam restritos  ao eixo Rio-São Paulo, então para a  gente é um prazer  estar recebendo o HackaTruck aqui para a formação e capacitação dos nossos alunos”.

Alexandre Tadeu Rossini da Silva, que é professor, vinculado ao Colegiado do Curso de Ciências da Computação da UFT e que também está participando da capacitação destaca a importância do projeto: “ O projeto HackaTruck é interessante porque traz  tecnologias novas  e como a área de Computação é muito dinâmica, todo ano surgem novas tecnologias, é importante estar se atualizando porque o que a gente estuda há quatro anos atrás já não vale mais. Então esse projeto é importante por isso, porque atualiza nossos alunos com novas tecnologias  e estimula o que a gente chama de cultura do faça você mesmo, para estimular a iniciativa, a criatividade, por a mão na massa, fazer acontecer e não ficar só no campo teórico  como muitas vezes a gente fica na sala de aula. Então para mim como professor é para agregar novos conhecimentos  e aprender falar a língua dos alunos e também conseguir desenvolver com os alunos dentro da Universidade produtos com tecnologias mais atuais ”. 

Quem também está aproveitando a oportunidade para aperfeiçoar os conhecimentos na área de Tecnologia da Informação é o servidor da UFT, Samuel de Paula Faria,  que atua na Coordenação de Infraestrutura do Câmpus Palmas (Coinfra). Ele, que é formado em Engenharia Civil, destaca que pretende aplicar os conhecimentos que vai adquirir no curso na melhoria de atividades do seu setor de trabalho: “Hoje em dia a tecnologia está ligada a tudo que a gente trabalha e eu já uso principalmente programação no nosso setor para otimizar processos. E a ideia é agregar mais conhecimentos  para que a gente possa otimizar nossa prestação de serviço, que envolve transporte, limpeza, manutenção do Câmpus e esse conhecimento vai ajudar a gente a ver o que pode ser melhorado”.

Para o estudante José Borges Nascimento, que está no 6° período do Curso de Ciências da Computação, a capacitação oferecida pelo projeto HackaTruck traz a possibilidade de adquirir conhecimento técnico sobre a linguagem de programação dos aparelhos da Apple: “O que motivou a participar foi a possibilidade de ganhar conhecimento técnico. Por ser uma linguagem nova e pertencente somente a Apple, que usada no seu desenvolvimento interno e seus periféricos, é um conhecimento que a gente não receberia dentro da  da Universidade em si e do nosso curso, então acho que é um diferencial e um conhecimento que vale a pena buscar”. Já Maria Clara Aires, que cursa o 3° período, viu no curso de capacitação a oportunidade de ter uma experiência de peso no currículo: “Eu topei participar do projeto porque eu vi a possibilidade  de aprender coisas novas e interagir com pessoas  que possuem os mesmos objetivos que eu e possa aplicar esses conhecimentos na minha profissão”.  

Sobre o Projeto

Iniciado em 2015, o projeto é patrocinado pela IBM Brasil e Flex, em colaboração com a Apple, e executado pelo Instituto de Pesquisas Eldorado. Ele tem como  objetivo oferecer capacitação profissional para estudantes de Instituições de Ensino Superior de Tecnologia da Informação, em desenvolvimento iOS para aplicativos móveis associados com Internet das Coisas (IoT - Internet of Things) em ambiente maker, e ênfase em conceitos e práticas de serviços cognitivos em nuvem. Todas essas atividades são desenvolvidas através de um laboratório móvel que funciona como uma sala de aula itinerante.

Mais informações sobre o projeto podem ser obtidas aqui.