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COMEMORAÇÃO

7 de abril: Dia do Jornalista e da liberdade de imprensa no Brasil

Por Samuel Lima | Publicado: Domingo, 07 de Abril de 2024, 00h00 | Última atualização em Segunda, 08 de Abril de 2024, 10h42

Dia do Jornalista (Arte: Job/Sucom)Neste domingo, 7 de abril, é comemorado no Brasil o Dia do Jornalista. A data homenageia a memória do jornalista Líbero Badaró, assassinado em 1844 (veja vídeo ao final do texto). O7 de abril também é uma boa oportunidade para uma reflexão sobre a importância do jornalismo e o papel dos profissionais da informação no Brasil.

Na Universidade Federal do Tocantins, o curso de Jornalismo - do Câmpus de Palmas - já formou mais de 400 profissionais e tem, hoje, 26 professores, 65 projetos de pesquisa já realizados ou em andamento e 15 projetos de extensão criados nos últimos cinco anos. Conforme o coordenador, professor Fábio de Paula, a missão do jornalista é pesquisar uma informação, verificar sua veracidade, redigir essa informação, transformá-la numa mensagem e transmitir essa informação no meio ou nos meios mais adequados. "Então para nossa sociedade local tudo isso é muito importante por sermos um estado em formação, sermos um estado dinâmico e que precisa desse profissional", pontua o professor. Ele complementa enfatizando que "a importância do Dia do Jornalista, especialmente no caso do Tocantins, é lembrar a nossa população que o papel do jornalista para a sociedade é fundamental".

Liberdade de imprensa no Brasil
Instituições como a Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) e Associação Brasileira de Imprensa (ABI), entre outras, têm lutado para garantir a livre circulação de ideias e informações, porque o jornalismo é uma atividade fundamental para a democracia e para a sociedade, por contribuir para a promoção do debate público e a formação de opiniões embasadas em fatos reais.

Ocorrem, entretanto, violações contra esse direito. Segundo a Fenaj, que mantém estatísticas e documentos sobre a Violência contra Jornalistas e Liberdade de Imprensa no Brasil (confira neste link), a profissão é constantemente ameaçada. Entre os riscos que podem ser elencados estão a falta de investimentos em mídia, a polarização do debate público, a criminalização da atividade jornalística e os novos desafios de adaptação dos jornalistas às realidades digitais.

De acordo com pesquisa da Associação Brasileira de Imprensa, com base em dados da Relação Anual de Informações Sociais (Rais) do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) de 2021, havia no Brasil quase 39 mil profissionais, sendo que a maior parte (45,6%) atuava na região Sudeste no ano da pesquisa. Na região Norte, o percentual era de 7,4% do total de profissionais, de acordo com os dados da pesquisa.

A presidenta do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado do Tocantins (Sindjor/TO), Alessandra Bacelar, relata que o cenário tocantinense em relação à liberdade de imprensa reflete o que ocorre em nível nacional, e que a entidade tem envidado esforços nos sentido de apoiar ao máximo os profissionais. "Temos trabalhado muito na unicidade. Quando acontece alguma coisa no Tocantins, sempre há apoio da Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) e de outros sindicatos do país, de modo que as pessoas percebam o que está ocorrendo".

Alessandra frisou que os dados relacionados com a liberdade de imprensa e a violência contra jornalistas, não só no Tocantins mas em todo o Brasil, podem ser conferidos nos documentos sobre Violência contra Jornalistas e Liberdade de Imprensa no Brasil, que são dispostos pela Fenaj em seu site oficial (link acima).

Apesar das dificuldades, o Dia do Jornalista é uma oportunidade para celebrar a importância do jornalismo e dos jornalistas no Brasil. Ao mesmo tempo, é uma chamada para a sociedade a defender a liberdade de expressão e a garantia dos direitos dos profissionais da informação. Ao fim de contas, um país sem jornalismo livre e independente é um país sem democracia.

A história de Líbero Badaró
Giovanni Battista Líbero Badaró foi um jornalista, político e médico nascido na Itália em 1798, e que tornou-se símbolo da luta pela liberdade de expressão no Brasil. Após se formar nas universidades de Turim e Pávia, ele mudou-se para o Brasil em 1826, fixando residência em São Paulo. Em 1830, Badaró fundou o jornal "Observador Constitucional", onde denunciava abusos e excessos cometidos pelos governantes. No dia 20 de novembro de 1830, enquanto voltava para casa, foi assassinado por dois homens que o esperavam em uma esquina. O crime desencadeou revoltas populares e contribuiu para o aumento do descontentamento contra o absolutismo do imperador D. Pedro I, que abdicou em 7 de abril de 1831. O Dia do Jornalista, comemorado em 7 de abril, é uma homenagem a Badaró e ao papel fundamental da imprensa na sociedade.

Confira abaixo, em vídeo, um pequeno resumo histórico da vida e morte do jornalista, produzido pela Revista Badaró:

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