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Especial Saúde Mental - Episódio 1

Ei, universitário, vamos falar de saúde mental na universidade?

Por Joice Danielle Nascimento | Edição: Gihane Scaravonatti | Revisão: Paulo Aires | Publicado: Quarta, 22 de Março de 2023, 14h00 | Última atualização em Quarta, 29 de Março de 2023, 14h55

Ingressar no Ensino Superior é um momento mágico para muitos jovens. A sensação de vencer os obstáculos, garantir um lugar num espaço de oportunidades e começar a definir os rumos do próprio futuro, principalmente no âmbito profissional, faz da aprovação na universidade um momento único, de intensa comemoração. O entusiasmo com as perspectivas de crescimento pessoal e intelectual e o sentimento de autonomia em relação às próprias escolhas tornam o ingresso no ensino superior ainda mais especial.

No entanto, ingressar na vida acadêmica também implica em transformações significativas na vida dessas pessoas. Mudanças de cidade, distanciamento do ambiente familiar, fragmentação das relações de amizade, necessidade de adaptação a um novo ritmo de estudos e perda da rede de apoio social, estas são situações que também fazem parte do cotidiano dos estudantes que ingressam no ensino superior. Além disso, o universo acadêmico costuma trazer para a vida dos discentes outras inquietações.

Por ser um ambiente que remete à ideia de preparação para o mercado profissional, é comum que os estudantes se sintam constantemente cobrados a trabalhar com prazos curtos, a terem bons rendimentos acadêmicos, boas notas. Isso muitas vezes faz com que os mesmos se submetam à uma intensa rotina de estudo e, por certo,  passam a conceber esse espaço como um meio de competição pelas melhores oportunidades, dentro e fora da universidade. Soma-se a isso, o fato de ainda terem que lidar com questões externas ao ambiente universitário, como relações familiares, demandas de trabalho e relacionamentos. 

Esse turbilhão de sentimentos e responsabilidades, muitas vezes, faz com que aquela alegria do ingresso na universidade vá definhando com o passar do tempo, resultando num peso difícil de suportar. A pressão, a sobrecarga e esgotamento físico e psíquico gerado por esse cenário pode levar ao adoecimento da mente. Mas, diferentemente de enfermidades do corpo, que são mais facilmente identificadas, os distúrbios mentais possuem sintomas que prontamente passam despercebidos, são confundidos ou camuflados.

Como são mais difíceis de identificar, também é mais difícil perceber quando alguém precisa de ajuda. É exatamente aí que mora o perigo...

 

(Continua na próxima quarta-feira, 29)

 

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