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DIA NACIONAL DO RÁDIO

Mês do rádio no Brasil: entenda a prática jornalística aplicada ao rádio

Por por Andressa Ribeiro, Caroline Carvalho, Iara Ferreira e Ileana Lopes* | Supervisão: Idglan Maia | Edição: Luana Nunes | Publicado: Domingo, 25 de Setembro de 2022, 10h17 | Última atualização em Segunda, 26 de Setembro de 2022, 11h02

Comemorado em 25 de setembro, o dia nacional do rádio faz alusão ao nascimento de Roquette Pinto, considerado o pai da rádio no Brasil. Com cerca de dez mil emissoras com concessão pública atualmente, o rádio foi o primeiro meio de comunicação a ter contato com o público em grande escala.  

A presença do rádio no Brasil comemorou seu centenário em 7 de setembro de 2022 e, apesar de ser um dos meios de comunicação mais antigos presente no país, conforme explica a professora e coordenadora do curso de Jornalismo da Universidade Federal do Tocantins, Valquíria Guimarães, o rádio é maleável e resiliente às mudanças tecnológicas, e não perde espaço para as novas tecnologias.

Apenas no último ano, o consumo de rádio online cresceu 186%, em comparação a 2019, segundo relatório publicado pela Kantar Ibope Media.  Neste sentido, devido à facilidade de acesso às casas brasileiras, as ondas do rádio são capazes ainda de atingir os chamados ‘desertos de comunicação’ - os perímetros urbanos ou rurais onde não há nenhum ou poucos veículos jornalísticos. 

Também neste mês, no último dia 21, é celebrado o Dia do Radialista. Para Júnior Duarte, diretor da Rádio UFT/FM, o rádio ainda é um meio de comunicação muito ouvido, chegando a um grande público não só nas cidades, como também no campo. "O radialista tem um papel fundamental na comunicação com a sociedade, porque ele fala a língua de seus ouvintes, consegue se conectar de forma mais ampla e direta com seu público", explica. Duarte acredita que o radialista conversa com seu público, e pela facilidade de acesso e mobilidade do meio de comunicação, ele acaba sendo um companheiro e um produtor de conteúdo de grande relevância, finaliza.  

Um breve histórico 

As novas tecnologias permitiram ao jornalismo sonoro extrapolar a antena: com essa tecnologia, temos o rádio AM, o constituidor de nossa radiofonia, migrando para FM,  cuja reconstrução continua em seus modelos comerciais, estatais e públicos. A sua reinvenção aconteceu na Web: com emissoras transmitindo sua programação pela internet ou com as rádios presentes exclusivamente online. Soma-se a isso a ampla produção de podcasts, um gênero que se aproxima muito do rádio e é amplamente consumido pelos espectadores.

Outra grande etapa de experiências bem-sucedidas no Jornalismo de rádio aconteceu no período de redemocratização do Brasil, com a consolidação das emissoras dedicadas exclusivamente à notícia. Assim  como ocorreu com a televisão, a internet e o celular, que transformaram o modo como consumimos informações, o rádio, novamente, expandiu horizontes e formas de pensar modelos atualizados para sua sobrevivência. 

Para Bob Maia, jornalista que trabalha com Audiovisual há 20 anos e é, atualmente, o técnico responsável pelo laboratório de rádio do curso de Jornalismo da UFT, o rádio tem diferentes significados e desperta uma infinidade de sentimentos. “O rádio é inspiração, nostalgia e um elemento chave na comunicação”, confidencia. Assim, para ele, que é apaixonado pela profissão desde a infância, quando escutava ao rádio na roça com seu pai, "comemorar o dia nacional do rádio é sinônimo de respeito a uma mídia que é desafiada a se reinventar todos os dias", finaliza. 

Compreenda a importância do radiojornalismo 

O Radiojornalismo é a forma de comunicação que utiliza o rádio como veículo, entre as principais vantagens que uma transmissão radiofônica proporciona, está a flexibilidade. Assim, essa prática jornalística, tem então a oportunidade de usar toda a grade de programação para informar o ouvinte. 

Destacando o foco para as notícias locais, e para uma produção comandada por profissionais, com textos e locuções apropriadas, agilidade e precisão nas informações repassadas, toda a construção de cada conteúdo que vai ao ar, exige uma série de fatores únicos.

O curso de jornalismo da UFT oferta a partir do quarto período a disciplina de radiojornalismo com uma carga de 120 horas para o currículo acadêmico onde os estudantes aprendem as linguagens, as técnicas as produções que são feitas semanalmente e os programas especiais através do "Repórter Calango” produzido sob a orientação da professora Valquíria Guimarães e veiculado todas as sextas e sábados na rádio UFT/FM as 10 horas da manhã. 

 

* Discentes do curso de jornalismo

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