15 anos de UMA: projeto atende cerca de 400 idosos no Tocantins
A Universidade da Maturidade (UMA), projeto de extensão com menor índice de evasão da Universidade Federal do Tocantins, já formou, em 15 anos de existência, cerca de 5,5 mil idosos no curso de Educador Político Social para o Envelhecimento Humano. São 5,5 mil histórias de pessoas que descrevem o projeto como vida e esperança para seu viver. Hoje, o projeto atende, no Tocantins, cerca de 400 idosos, como alunos e usuários dos serviços ofertados pela extensão.
A UMA foi criada para oferecer aos idosos, qualidade de vida, dignidade e expansão dos conhecimentos na terceira idade - ciclo de vida em que não há grandes ofertas de oportunidades ou criadas expectativas para os que nele estão.
Desde a sua criação, a UMA esteve presente em Tocantinópolis, Miracema e Região, Gurupi, Brejinho de Nazaré e Arraias, também em Campina Grande (PB); e já fez parte da extensão em outras universidades federais, como a do Paraná, de Amapá e de Brasília. Atualmente o projeto está presente somente em solo tocantinense, nas quatro cidades: Araguaína, Dianópolis, Palmas e Porto Nacional, atendendo em cada polo cerca de 100 idosos, com atividades diversas na sua programação.
“UMA é vida, é esperança”
Uma das personagens emblemáticas da UMA é Venecy Pereira, uma das alunas da extensão de 72 anos. Era dona do lar e não tinha terminado os estudos. Após começar a frequentar a UMA, voltou pra escola pra concluir o ensino fundamental e caminhando para a conclusão do colegial. Ela participa da universidade desde 2012, e nesses nove anos, Venecy se tornou atriz e atleta, chegando atuar em filmes nacionais, como o “O nome da morte”, “O escolhido”, “Boneco de Barro”, e em peças teatrais. “Quando era jovem era pra ser tudo o que sou hoje, mas a UMA me tornou uma pessoa diferente, me transformou da água pro vinho. Na UMA eu fui acolhida, cuidam de mim. A UMA é vida, é solução e esperança, é tudo de bom.”conta Venecy.
Venecy conta que os seus sonhos são maiores, ela tem o sonho de encerrar o ensino médio e iniciar a faculdade de Artes, para praticar a sua maior paixão, a atuação. “ Estou tentando construir, querendo manter o que já conquistei e se Deus me permitir, vou fazer mais coisas.”
Manoel do Nascimento Vieira, de 58 anos, entrou no projeto há três anos, e hoje é um dos alunos/monitores da Universidade. Ele conta que no projeto encontrou uma família que o amparou. “ A minha vida mudou 100%, eu vivia em um buraco com medo de sair de casa e de tudo. A UMA me acolheu e me cuidou. Aqui se encontra amor, esperança e vida”
Atualmente, Vieira é monitor da academia da UMA desde que começou a frequentar o projeto, ele auxilia o professor nas atividades desenvolvidas e cuida do local. O aluno conta que antes de entrar na UMA, já morou na rua, tinha muitos medos e fobias, e hoje se orgulha de estar na universidade e com esperança para o futuro. “Antes de vir pra cá eu não tinha esperança, vivia com medo e isolado. Esse projeto me trouxe na vida e esperança.”
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