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NOVEMBRO AZUL

Urologista do HDT-UFT esclarece principais dúvidas sobre o câncer de próstata

Por Daianni Parreira | Publicado: Segunda, 23 de Novembro de 2020, 15h54 | Última atualização em Segunda, 23 de Novembro de 2020, 16h16

O médico urologista do Hospital de Doenças Tropicais da Universidade Federal do Tocantins (HDT-UFT), João Vitor Quadra Vieira dos Santos esclarece as dúvidas mais comuns sobre o câncer de próstata, enfermidade que afeta a saúde do homem, no qual se descoberta no inicio, aumenta as chances de cura. A unidade de saúde é filiada a Rede da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), e oferta atendimentos especializados em doenças infectocontagiosas e parasitárias para o município de Araguaína e região.

Durante esse mês, a campanha mundial “Novembro Azul” tem o intuito de sensibilizar a população sobre a necessidade de cuidados com a saúde integral do homem. No HDT-UFT, para chamar atenção para esse importante movimento, as luzes externas do prédio estão azuis e com objetivo de auxiliar as pessoas a entenderem mais sobre essa doença, um especialista no assunto do hospital universitário concedeu a entrevista a seguir:

Quais os sintomas do câncer de próstata?

- O câncer de próstata em sua fase inicial não apresenta sintomas. Seu crescimento é lento e apenas começa a gerar sintomas quando já envolve grande parte da próstata ou causa metástases. Nesta fase, os principais sintomas são: alteração do jato de urina (jato fraco , sensação de não esvaziar completamente a bexiga, levantar muitas vezes a noite para urinar), sangue na urina, dor nas costas (principalmente na região lombar baixa - sítio comum de metástases).

Como é feito o tratamento?

- Atualmente o câncer de próstata vai ser tratada de acordo com algumas características específicas do tumor. Dentre as opções para o tratamento da doença que ainda está restrita à próstata (sem metástases) temos a cirurgia com retirada de toda a próstata, a radioterapia que por radiação sem a necessidade de cirurgia destrói as células malignas com ou sem o uso de medicamentos para inibir o crescimento do tumor.

Qual faixa etária o câncer de próstata mais atinge?

- A incidência do câncer de próstata aumenta com a idade, porém é mais comum a partir dos 65 anos.

Quando o homem deve começar a prevenção?

- De acordo com a Sociedade Brasileira de Urologia, os exames de rastreamento para o câncer de próstata devem começar aos 50 anos para paciente sem fatores de risco e aos 45 anos para pacientes que possuam familiares de primeiro grau com câncer  de próstata, mama ou paciente negros.

Quais as medidas para evitar?

- Como a maioria das doenças, o câncer de próstata atinge homens mais sedentários, que ingerem grande quantidade de gordura e que não praticam atividades físicas.

Existe um tabu sobre o procedimento do exame, como é realizado?

- O exame do toque é simples, com duração menor que 10 segundos e que não causa dor ao paciente. Ele é um complemento na avaliação da próstata e junto com o PSA (exame de sangue) aumenta a chance de fazer o diagnóstico precoce do câncer de próstata.

O fator genético influencia para adquirir a doença?

- Um dos principais fatores de risco para o desenvolvimento da doença é o genético. Filhos de pais com câncer de próstata tem 1,8X mais risco de desenvolverem a doença e esse número é ainda maior quanto temos 2 parentes de primeiro grau com a doença chegando a ter um risco até 5X maior do que um paciente sem familiares com a doença.

Quais os principais mitos sobre essa doença?

- O exame de próstata não afeta a masculinidade do homem e é um exame sigiloso (apenas o médico e o paciente saberão que ele foi realizado).

- Apesar do tratamento para o câncer de próstata aumentar o risco de impotência e incontinência urinária, nem todos os paciente passarão por isso após o tratamento.

Sobre a Rede Ebserh

O HDT-UFT faz parte da Rede Ebserh desde fevereiro de 2015. Vinculada ao Ministério da Educação (MEC), a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh) foi criada em 2011 e, atualmente, administra 40 hospitais universitários federais, apoiando e impulsionando suas atividades por meio de uma gestão de excelência. Como hospitais vinculados a universidades federais, essas unidades têm características específicas: atendem pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS), e, principalmente, apoiam a formação de profissionais de saúde e o desenvolvimento de pesquisas. Devido a essa natureza educacional, a os hospitais universitários são campos de formação de profissionais de saúde. Com isso, a Rede de Hospitais Universitários Federais atua de forma complementar ao SUS, não sendo responsável pela totalidade dos atendimentos de saúde do país.

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