Pesquisador da UFT estuda a imagem dos povos indígenas no graffiti
A pesquisa intitulada “O graffiti como ferramenta de descolonização interétnica: A imagem dos povos indígenas nas cidades polifônicas” do artista plástico, professor, publicitário e mestrando, Adriano Alves, da Universidade Federal do Tocantins (UFT), traz o recorte da arte urbana do graffiti e a sua relação com a temática indígena através da análise do trabalho de um grafiteiro do Brasil, o paulistano Fábio de Oliveira Parnaíba, mais conhecido como Crânio.
“A ideia que o senso comum faz dos povos indígenas, carrega por mais de cinco séculos uma imagem identitária construída por discursos supressores. O encontro inusitado da temática indígena com a linguagem contemporânea do graffiti é o que me motivou buscar respostas que possam desconstruir rotulações discriminatórias”, afirma Alves.
Segundo o pesquisador, que também é grafiteiro, e trabalha com ilustração a mais de 30 anos, as imagens são fortes vetores de discursos e subjetividades. A escolha do tema está ligada ao seu engajamento contra o preconceito que insiste em existir com os povos indígenas.
A pesquisa é realizada com base no cruzamento de bibliografias da comunicação com a antropologia, onde são levantadas questões sobre métodos de análises da imagem como suporte narrativo, além de contextualizar a linguagem da arte urbana do graffiti que cresce nas cidades.
“A proposta se torna importante objeto de estudo do fazer artístico não só para artistas, mas para antropólogos e pesquisadores das diversas áreas do conhecimento, especialmente os que se dedicam a pesquisar a construção de identidades por meio da comunicação visual”, ressalta o mestrando.
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