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FÓRUM DO PNAES

Delegados definem que auxílio permanência na UFT priorizará moradia e alimentação

Publicado: Sexta, 07 de Abril de 2017, 19h59 | Última atualização em Sábado, 08 de Abril de 2017, 22h41

Os recursos do Plano Nacional de Assistência Estudantil (Pnaes) na Universidade Federal do Tocantins vão priorizar o auxílio permanência e, seguindo os eixos prioritários, atender moradia e alimentação, de acordo com a realidade de cada câmpus. Esta destinação foi resultado dos encaminhamentos finais do Fórum de Assistência Estudantil realizado por toda esta sexta-feira (7), no Centro Universitário Integrado de Ciência Cultura e Arte (Cuica), em Palmas. Ficou decidido ainda que os câmpus de Arraias, Miracema e Tocantinópolis sejam priorizados, pois são os que recebem menos recursos de assistência estudantil e não contam com Restaurante Universitário (RU).

Delegados dos câmpus durante votação acerca da destinação de recursos do Pnaes (Foto: Daniel dos Santos/Dicom)Delegados dos câmpus durante votação acerca da destinação de recursos do Pnaes (Foto: Daniel dos Santos/Dicom)

As definições foram tomadas por estudantes escolhidos em assembleias anteriores para atuarem como delegados de cada câmpus. O titular da Pró-reitoria de Assuntos Estudantis (Proest), Kherlley Barbosa, afirmou que sua pró-reitoria vai propor uma nova distribuição dos recursos do Pnaes para 2017, partindo das prioridades apresentadas pelos delegados dos câmpus: auxílio permanência, auxílio moradia e auxílio alimentação, atendendo primeiramente os campus de Miracema, Arraias e Tocantinopolis.

Após a apresentação de proposta de Minuta, os delegados receberam um prazo para que pudessem a analisar o documento e propor alterações. Uma nova reunião será marcada, com a presença de pelo menos um delegado de cada câmpus, para que esse processo seja finalizado.

Discussões

Durante a tarde, o debate ficou entre os delegados discentes de cada câmpus e o pró-reitor Barbosa. Na discussão, os alunos destacaram a necessidade de uma revisão na distribuição orçamentária proposta pela Proest, que destinou mais recursos para a área de Esportes, por exemplo, do que para a área de moradia.

De acordo com o pró-reitor, a assistência estudantil da Universidade foi criada pensando em atender às necessidades básicas dos estudantes e, atualmente, existe uma outra demanda, que é distribuir o recurso entre os dez eixos do Pnaes (moradia estudantil, alimentação, transporte, atenção à saúde, inclusão digital, cultura, esporte, creche, apoio pedagógico e acesso, participação e aprendizagem de estudantes com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades e superdotação). "É difícil conciliar os dois pontos; proponho que os câmpus de Arraias, Miracema e Tocantinópolis, que hoje são atendidos com apenas um auxílio, possam receber pelo menos mais um", reitera.

A estudante do curso de Pedagogia, Alyne Soares, destacou a importância da assistência estudantil para que os alunos permaneçam na graduação e ressaltou que o esporte é essencial, mas em um contexto de cortes de gastos, a priorização do esporte em detrimento de itens básicos, não é viável. Além disso, ressaltou que a Universidade precisa pensar também no auxílio-creche. "A UFT têm muitas estudantes que são mães, que precisam do auxílio-creche e a Universidade não dispõe de um espaço para que elas possam deixar seus filhos durante as aulas e essa situação precisa mudar", afirma.

Já o estudante do curso de História do Câmpus de Araguaína, Danilo Garcia dos Santos, salientou que é preciso que a UFT construa Casas do Estudante próprias, e que melhor atendam às necessidades dos alunos, para que eles não precisem depender do auxílio permanência.

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