Programação musical busca diversidade e representatividade regional
Quando se fala em rádio, a primeira coisa que vem à cabeça é música. Seja no carro ou em casa, ou ainda caminhando pelas ruas de suas cidades, o rádio é o principal acesso do brasileiro à cultura musical. Pensando nisso, a programação musical da UFT FM foi um dos quesitos mais arduamente discutidos no Grupo de Trabalho que originou as Diretrizes Editoriais da emissora, no final de 2011. Na ocasião, foi estipulado que é prerrogativa da da Rádio, enquanto emissora pública e educativa, veicular música de qualidade, de diversos estilos, e que ofereça ao ouvinte tocantinense uma alternativa à programação das rádios comerciais.
A playlist da UFT FM, desde a sua criação no dia 29 de março de 2016, é baseada principalmente em música brasileira - mas não exclusivamente, uma vez que, durante as discussões do Grupo de Trabalho, observou-se a necessidade de apresentar aos ouvintes a boa música de todos os países (nossa programação tem músicas de artistas portugueses, ingleses, franceses e estadunidenses, entre outras nacionalidades). A produção musical do Brasil é ampla em estilos e sonoridades e a emissora faz o possível para que a maioria deles sejam representados.
Assim, além da Música Popular Brasileira e suas vertentes mais lembradas - como a Bossa Nova e o Samba, por exemplo -, a UFT FM executa em sua programação o melhor do rock, o rap, o choro, os ritmos do Norte e do Nordeste do País. Também existe uma preocupação em dar espaço não só aos nomes consagrados da música brasileira, mas também aos novos expoentes e aos artistas independentes do país. Assim sendo, na programação da Rádio, o ouvinte pode deparar-se tanto com canções de "monstros sagrados" de nossa cultura - como Caetano Veloso, Gilberto Gil, Ney Matogrosso, Tom Zé, Gal Costa, Jorge Ben Jor, Maria Bethânia - como também talentos mais recentes de nossa música - como Liniker e os Caramelows, Boogarins, Céu, Nevilton, Rios Voadores, Tulipa Ruiz, Filipe Catto, Molho Negro, Criolo, Alice Caymmi, Ana Cañas e tantos outros. A intenção é que, ao sintonizar a UFT FM, o ouvinte encontre um panorama amplo e diversificado da Música Popular Brasileira - e possa, assim, além de ouvir canções consagradas, conhecer novos sons e ampliar seus horizontes musicais.
Talentos regionais
Outra prerrogativa importante da UFT FM (também definida em Grupo de Trabalho e constante nas Diretrizes Editoriais) é dar amplo espaço para os artistas do Tocantins. A rádio inclui a música regional amplamente em sua playlist. Entre o final de 2016 e o começo de 2017, grupos locais como Scott, La Gaveta e Boca de Cantora e os Piaba tiveram seus novos singles incluídos na programação logo após o lançamento - em um esforço para que a nova música do Tocantins chegue rapidamente aos ouvidos dos tocantinenses.
A emissora conduz ainda entrevistas com os músicos sempre que possível - como, por exemplo, na ocasião do lançamento de um novo trabalho ou da participação de festivais dentro e fora do Estado. A UFT FM realiza também parcerias com os artistas em eventos - como na comemoração do aniversário da Rádio, que contou com apresentações de artistas tocantinenses como Chico Chokolate, Paulo Braga, Dorivan, Keila Lipe e Lucimar, entre outros. No futuro, a Rádio tem planos de organizar festivais de música, com ampla participação dos músicos locais, com o objetivo de criar mais oportunidades para os tocantinenses apreciarem sua cultura músical ao vivo.
O resultado dessas ações é reconhecido pelos próprios artistas. "A UFT FM é uma das maiores aquisições culturais que tivemos em Palmas e região - tanto pra nós músicos quanto para o ouvinte em geral", diz Thiago Menezes, o Thiago Play, que é baterista em diversos projetos musicais na Capital. O músico Mateus Mancine destacou a importância da emissora na divulgação do trabalho dos músicos. "Eu enxergo a UFT FM hoje como a maior forma de a gente atingir o nosso público. Ao divulgar o nosso trabalho autoral, a rádio faz com que nosso trabalho seja conhecido, e que o público dos barzinhos e eventos comece a pedir que as nossas músicas próprias- como já aconteceu, depois de rolar música nossa na Rádio. Esse trabalho é o que a gente precisa pra ter um gás, continuar compondo", afirma.
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