O Aproveitamento de Resíduos de Frigorífico de Pescado foi um dos temas da IX Semana Acadêmica de Engenharia de Alimentos (Semeali), nesta segunda-feira (03), às 16h no Centro Universitário Integrado de Ciência, Cultura e Arte (Cuica).

A IX Semeali continua nesta terça-feira (4), com visita técnica ao Laticínio da Cooperativa Agropecuária Tocantinense (CAT) na cidade de Paraíso do Tocantins. Haverá ainda palestra sobre Técnicas Convencionais de Tratamento de Efluentes Líquidos da Industria de Alimentos, com o palestrante Rafael Montanhini Soares de Oliveira.



O palestrante Eder Alencar Resende (formado em Engenharia de Alimentos e Mestrando em Ciência e Tecnologia de Alimentos pela UFT) apresentou o processo de industrialização, demonstrando que em média somente 40% do pescado são aproveitados (cortes nobres), havendo descarte de 60% (vísceras, cabeça, pele, nadadeiras, escamas e espinhaço).

Alternativas - Para alcançar maior nível de desenvolvimento sustentável, a academia e a indústria tiveram de buscar alternativas para melhor aproveitar a parte descartada. Assim os cortes menos nobres do peixe são destinados a organizações de amparo social, na produção de farinha de peixe (utilizada na fabricação de ração) e na forma de alimentos industrializados (linguiça frescal, empanados e patês).

Resende destacou ainda que “o processamento do pescado e a produção dos resíduos desse produto afetam uma série de fatores ambientais, econômicos e nutricionais. Porque se deixa de jogar esses resíduos no meio ambiente, tem um melhor aproveitamento para vísceras, como na produção de rações, ou acrescentando outras partes e bandas nobres do pescado, você leva esse produto para uma função melhor, inserindo-os na alimentação humana”. Além de destacar o interesse dos empresários de frigoríficos em migrar para o Tocantins devido à abundância de água com temperatura constante o ano inteiro e o baixo preço da terra.