Área de atuação
A estratégia de estudos para o NERUDS concentra e, três grandes áreas de atuação: A) os estudos rurais, B) as desigualdades e C) os sistemas socioecológicos.
A) OS ESTUDOS RURAIS – Esta área de estudo busca promover a integração e o intercâmbio de experiências entre acadêmicos e pesquisadores, de graduação e pós-graduação, relacionadas às demandas e desafios que permeiam as áreas rurais em distintos contextos institucionais. A multifuncionalidade das áreas rurais é outro enfoque a ser abordado nos projetos de pesquisa, ensino e extensão que o Núcleo possa executar. Ou seja, configuram-se em novas formas de interpretar o espaço rural. A própria perspectiva desse tipo de atividade, como a possibilidade de manutenção da população no meio rural, bem como, uma multifuncionalidade referente aos usos conjugada com a valorização da questão ambiental são aspectos considerados importantes no trabalho desenvolvido pelos docentes do NERUDS. Outra abordagem é referente às mudanças nas práticas produtivas e os desafios da gestão compartilhada. Os estudos rurais serão desenvolvidos para contribuir com reflexões para que os formuladores de políticas públicas sejam capazes de pensar na redução das desigualdades vivenciadas no espaço rural, na ampliação das liberdades individuais e coletivas dessa população, de modo a considerar variáveis econômicas, sociais e ambientais de maneira articuladas.
B) AS DESIGUALDADES - Esta área tem como objetivo desenvolver programas e projetos de pesquisa, ensino e extensão que articule a desigualdade, economia, desenvolvimento e planejamento de regiões e territórios, por uma perspectiva multiescalar e interdisciplinar. A complexidade da temática e suas múltiplas faces demandam um alinhamento metodológico qualitativo e quantitativo na busca por produzir um conhecimento capaz de aprimorar os processos de desenvolvimento em curso, tão distinto e diversos em todo o país, e contribuir para o debate teórico. Além disso, promover a inclusão e a permanência dos povos tradicionais, dos habitantes locais e imigrantes nos processos em curso. A produção de conhecimento vinculada ao ensino e a extensão como forma de difusão e aprimoramento, permitirão avaliar, monitorar e planejar as ações de intervenção privada e pública construindo mecanismos de aperfeiçoamento dos processos, melhorias na qualidade de vida e redução das desigualdades.
C) OS SISTEMAS SOCIOECOLÓGICOS – A relação homem-natureza necessita ser compreendida nos espaços urbanos e rurais como um ecossistema que gera reflexos nos meios de vida das pessoas e que vislumbre o desenvolvimento e a viabilidade de estratégias sustentáveis. Esse jogo do ser humano como parte da natureza e vice-versa levou estudiosos a questionar a sobreposição e o entendimento de que ambos (homem/natureza) pertencem a um sistema que intersecciona o ecológico (natureza) do social (humano). Em outras palavras, esses sistemas são complexos, integrados e adaptativos nos quais os seres humanos são parte da natureza e interagem por meio de componentes culturais, políticos, sociais, econômicos, ecológicos e tecnológicos. Os projetos de pesquisa e extensão do NERUDS levarão em conta o conceito de resiliência para responder aos efeitos das alterações socioecológicas, o que inclui adotar boas práticas de desenvolvimento que sejam consonantes com a construção sustentável e, em alguns casos, desafiando os modelos atuais de desenvolvimento. A busca por caminhos de resiliência ecológica e comunitária nos sistemas socioecológicos envolve: Identificar vulnerabilidades relacionadas a diferentes grupos sociais; avaliar oportunidades de redução de riscos; e realizar ações que sejam consistentes com os objetivos da sustentabilidade e do desenvolvimento. Finalmente, postula-se que estudar gestão de risco, parte do pressuposto de que não é suficiente a utilização tão somente de tecnologias, mas se faz necessário ter em conta as pessoas do território, para ter-se conhecimento de como as pessoas atuam (comportamento) diante da exposição aos perigos naturais, de modo a garantir a efetividade das medidas de mitigação do risco. É dizer, por sua vez, conjugar o técnico com o social para evitar o hiato entre planos territoriais geralmente bem desenhados e a ação das pessoas.
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