Clínica de Direitos Humanos do curso de Direito da UFT receberá o nome de mulher negra tocantinense
A decisão foi tomada pelas membras e membros fundadores da clínica, que realizaram uma consulta para identificar possíveis homenageadas. Após o prazo, cinco mulheres foram indicadas, são elas: Dona Camila, Maria de Fátima Barros, Dona Juscelina, Dona Raimunda e Dona Miúda. Todas são mulheres que em vida lutaram em defesa dos direitos humanos, em especial das suas comunidades e agora serão homenageadas pela Clínica de Direitos Humanos (CDH) do curso de Direito da Universidade Federal do Tocantins (UFT).
A coordenadora da CDH, professora Gleidy Braga, explicou que o próximo passo é divulgar amplamente as biografias das mulheres na comunidade acadêmica do curso de Direito e após essa etapa, realizar no mês de março de 2024, uma eleição interna para escolha da homenageada. " É muito simbólico no mês da consciência negra divulgarmos esse processo, porque acreditamos que essa homenagem será uma forma de valorizar o trabalho dessas mulheres e de contribuir para a promoção da equidade racial e de gênero."
Para a discente Ana Laura Magalhães, do primeiro período de Direito, a CDH amplia a sua perspectiva do que é o Direito: "As trocas com os membros da CDH, os meus colegas discentes e os professores, com certeza, contribuem e contribuirão muito para a minha formação acadêmica e como pessoa, pois, sobretudo, o objetivo central do projeto é a educação em direitos humanos, então a construção de seres humanos conscientes dos direitos fundamentais à dignidade humana, surtirá efeitos também sobre o meu eu, como indivíduo". Além disso, a aluna registrou a importância de participar do processo de escolha de uma mulher negra para nomear a CDH. "Acredito que o nome de uma mulher negra tocantinense honra com todos os objetivos que queremos atingir com a CDH e não só isso, participar de todo o processo de indicação dos nomes fez com que eu conhecesse mais profundamente a história dessas mulheres tão importantes, mas que por vezes passam despercebidas dentro do nosso contexto social. Sem dúvidas, torná-las visíveis para a maior quantidade de pessoas é reconhecer a legitimidade de suas lutas e histórias", garantiu a estudante.
Para conhecer um pouco mais sobre essas mulheres, a CDH criou o e-book que pode ser acessado clicando aqui.
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