UFT na gestão pública: atual superintendente do Ibama no Tocantins é egresso da Universidade

Em seus 20 anos de história, a UFT já formou profissionais que hoje atuam nas mais diversas áreas e ocupam diferentes funções na sociedade. Uma das frentes de atuação dos egressos da Universidade é na Administração Pública, trabalhando a favor dos interesses e direitos dos cidadãos tocantinenses. Um desses egressos é Leandro Milhomem Costa, atual superintendente do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), no Tocantins. Formado em Direito pela UFT,  Leandro assumiu o cargo no último dia 30 de março. “É um desafio e ao mesmo tempo uma grande satisfação nesse momento em que a questão ambiental está em evidência e nós passamos por um resgate do papel das instituições federais de defesa do meio ambiente. Pretendo contribuir com meu conhecimento e disposição para reanimar servidores e colaboradores no desempenho de suas funções que foram tão atacadas nos últimos anos”, destaca o superintendente. 

Leandro, que tem como primeira graduação o curso de Relações Internacionais pela PUC Goiás, ingressou no curso de Direito da UFT em 2008, e desde o início da graduação já possuía muita afinidade com a área ambiental. No curso, ele encontrou  mais motivos para seguir atuando na área: “Passei no vestibular para o curso de Direito e no mesmo ano passei no concurso para Analista Ambiental do IBAMA. Por alguns anos precisei conciliar os estudos da graduação com meu trabalho. Foram anos de muita correria mas que valeram a pena por todo aprendizado e intercâmbio de conhecimento entre o que aprendia na Universidade e o que aprendia no dia a dia do trabalho”, recorda o egresso. 

Essa intersecção do Direito com os temas ambientais dentro da Universidade, levaram Leandro a se aproximar da disciplina de Direito Ambiental, proximidade que resultou  no seu Trabalho de Conclusão de Curso (TCC), intitulado Legitimidade do Ministério Público na defesa dos interesses individuais homogêneos decorrentes de danos ambientais.  Memórias essas que fazem Leandro recordar com carinho de sua orientadora nessa jornada de construção do TCC, na reta final do curso, a professora Angela Issa Haonat. Segundo o egresso, os ensinamentos passados pela professora serão levados para a vida: “ Minha professora de Direito Ambiental, a Angela Issa Haonat, posteriormente foi minha orientadora e acabamos nos tornando amigos fora das nossas instituições. O conhecimento dela sobre a área ambiental me ajudou a engrandecer o meu trabalho e a ter uma visão ampla e humana sobre tudo que envolve o meio ambiente”. 

Depois de concluir a graduação em Direito em 2013, Leandro também  fez a Especialização em Direito e Processo Administrativo pela UFT. Ele destaca que estar dentro da Universidade, nesses dois momentos distintos, foi fundamental para o desenvolvimento de habilidades indispensáveis para a gestão da pasta que ocupa atualmente: “A rotina de superintendente é dinâmica. São diversas áreas do conhecimento nas quais precisamos atuar, desde uma licitação, gestão de pessoas, questões financeiras e orçamentárias, contratos, sanções, competências, de modo que a formação em Direito me permite transitar por essas áreas com facilidade e confiança. Em resumo, o conhecimento adquirido na UFT foi fundamental para ampliar minha visão não só da Administração Pública, mas principalmente do Meio Ambiente preservado como um direito de todos”. 

Exatamente por essa vivência universitária, Leandro, destaca o papel da UFT na formação dos futuros gestores públicos: "A Universidade tem papel fundamental de formar cidadãos não só do ponto de vista de conhecimento técnico mas, principalmente, pessoas que tenham noção do seu papel como atores sociais, capazes de entender e discutir os problemas que o Brasil e o mundo enfrentam. Pessoas dispostas para solucionar as mazelas que nos afligem. Quem ocupa um cargo de gestor tem que estar preocupado não só com o cumprimento frio das leis, mas também é preciso entender que por trás das normas existe uma sociedade com anseios econômicos, culturais, políticos e ambientais. A Universidade deve passar um conhecimento transversal, verdadeiramente universal para que todos estejam cientes de suas responsabilidades com o bem comum”, conclui o egresso.