Estudantes de Relações Internacionais discutem sobre geopolítica em visita ao sudoeste do Tocantins
Entre os dias 2 e 4 de novembro, estudantes do curso de Relações Internacionais, da Universidade Federal do Tocantins (UFT), realizaram trabalho de campo na região do município de Pium e uma visita técnica ao Centro de Pesquisa Canguçu (CPC). Na ocasião, os alunos da disciplina Geografia da Amazônia uniram o conhecimento teórico e a prática para debater sobre diversos aspectos da geopolítica do estado.
Os pontos abordados foram:
- Territorialização do capital estrangeiro;
- Mudanças climáticas;
- Rios assoreados e erodidos ;
- Precarização da ciência e tecnologia;
- Fronteiras: parques ecológicos e agronegócio;
- Sujeitos locais versus atores internacionais;
- Análise Internacional sobre biomas brasileiros;
- A geografia da Amazônia no Tocantins;
- Legislação internacional em áreas de ecótonos;
- Terras e territórios indígenas na Ilha do Bananal.
Essa atividade foi guiada pela professora Gleys Ially Ramos. A intenção era a de provocar os estudantes e proporcionar verdadeiras reflexões. ''O trabalho de campo tem o objetivo do confronto entre a teoria e a realidade concreta, não somente a idealizada, projetada. É também a possibilidade de lidar com as informações empíricas como possibilidade de diálogo com as pesquisas científicas'', explica a docente.
Sobre a região escolhida para se desenvolver o debate, a professora Gleys justifica a decisão baseado na importância que a localidade apresenta para o Tocantins e para o mundo. ''A região foi escolhida por ser uma área de transição entre o Cerrado e a Amazônia, é o que chamamos de ecótono, corredores de transição entre biomas. Portanto, necessita de manejos e legislações diferentes. Além disso, a região nos aproxima de um bioma de interesse global e internacionalizado: a Amazônia'', complementa.
O Centro de Pesquisa Canguçu (CPC), também visitado pelos acadêmicos de Relações Internacionais, se localiza no município de Pium, próximo à Ilha do Bananal e de duas importantes unidades de conservação do estado: o Parque Nacional do Araguaia e o Parque Estadual do Cantão. As ações realizadas no centro contribuem para o desenvolvimento e a difusão do conhecimento científico regional.
Segundo a professora, essa foi uma oportunidade dos estudantes se ''aproximarem de sujeitos locais e compreenderem suas atuações nesses biomas'', tornando a experiência ainda mais enriquecedora a todos.
''É sempre bom fugir do cotidiano das aulas'', afirma Gabriel Marques, estudante do 4° período de Relações Internacionais: ''O que mais gostei, certamente, foi presenciar momentos concretos com linhas teóricas vistas na disciplina. São as histórias como vida, como espaço tangível para tantas análises vistas em aula. O que fica é o saber, as memórias que iremos repassar quando nos perguntado sobre algum momento marcante e humano da graduação''.
Isabella Martins, também do 4° período, garante que a experiência foi inesquecível, mas foi especialmente impactada pela viagem de barco que fizeram: ''Eu amo muito a natureza e poder ver tudo e ficar bem pertinho me emocionou, pois lembrei da minha família. É incrível quando você percebe como o rio corre, os animais se comportam, como as árvores são. Perceber os mínimos detalhes foi o que enriqueceu nossa viagem'', conclui.
Confira mais fotos da visita:
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