Curso de Geografia realiza o mapeamento da espacialização de Covid-19 em Porto Nacional
A Covid-19 pegou todos de surpresa e tem se estendido por um período maior do que todos esperavam, mas isso não tem paralisado o trabalho de extensão de alunos e professores da UFT. No Câmpus de Porto Nacional, desde o início da pandemia, um grupo de professores e alunos do curso de Geografia tem pesquisado sobre o tema em diferentes escalas e situações. Entre os grupos envolvidos estão o Núcleo de Educação, Meio Ambiente e Desenvolvimento (Nemad) e o Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros (Neab).
Um dos trabalhos que estão sendo realizados é com base na percepção do aumento constante e acelerado de casos de Covid-19 em Porto Nacional. O professor Atamis Antonio Foschiera e o mestrando em Geografia, Jair Souza da Silva, passaram a se dedicar ao mapeamento da doença no município, local onde residem, em parceria com a Vigilância Epidemiológica de Porto Nacional, que proporcionou o acesso aos dados da doença no município.
Foschiera explica que com a parceria firmada teve início o planejamento das atividades para o mapeamento, utilizando-se de um programa de geoprocessamento gratuito, o QGIS. “Uma primeira atividade desenvolvida foi adequar as bases de dados geográficos da Vigilância Epidemiológica aos sistemas de referências cartográficas e à linguagem tabular do programa QGIS, facilitando o geoprocessamento dos dados e a elaboração dos mapeamentos. Um segundo momento foi realizar uma série de testes na construção de mapas”, esclareceu o professor.
O terceiro momento foi qualificar o técnico da Vigilância Epidemiológica, Carlos José Francisco da Cruz, que atua no georreferenciamento das informações da Vigilância Epidemiológica de Porto Nacional. O referido técnico foi qualificado tanto com a relação direta com os integrantes do Laboratório de Estudos Geo-Territorial (Leget), como com uma oficina de mapeamento de Covid-19, oferecida pelo professor do Laboratório de Geoprocessamento (Labgeop). “Agora, depois de vários ensaios, o técnico já tem autonomia na realização dos mapas de Covid-19 de Porto Nacional, ficando os pesquisadores da UFT/Porto Nacional apenas como apoio nas atividades, a disposição para quando surgirem dificuldades no mapeamento”, conta Foschiera.
Para acompanhar o mapeamento da doença no município de Porto Nacional, basta seguir a Secretaria Municipal de Saúde no município em suas redes sociais como o Instagram e Facebook. Lá eles publicam os mapas regularmente, ajudando a população compreender a espacialização da Covid-19 no município.
O trabalho não para
O curso de Geografia de Porto Nacional, como mencionado, tem trabalho em diferentes frentes. Pelo Neab, o professor Rosemberg Ferracini tem coordenado trabalhados relacionados aos impactos étnico-raciais do Covid-19. Pelo Nemad, o professor Rodolfo Alves da Luz tem coordenado levantamentos sobre a espacialização da Covid-19 no estado do Tocantins, por meio da estrutura do Laboratório de Geoprocessamento (Labgeop). Também pelo Nemad, o professor Atamis Antonio Foschiera e o mestrando em Geografia Jair Souza da Silva têm realizado estudos sobre a Covid-19 na Amazônia Legal, com enfoque em indígenas por meio da estrutura do Laboratório de Estudos Geo-Territorial (Leget).
Todos os estudos realizados têm um ponto em comum: a utilização do geoprocessamento e da cartografia para a realização de mapeamentos da espacialização da Covid-19 e desenvolvimento de análises espaciais sobre o tema.
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