Campanha contra Racismo Institucional é lançada nesta terça (19)
Em 20 de novembro é festejado o Dia Nacional da Consciência Negra. A data faz referência à morte de Zumbi dos Palmares, em 1695, líder negro, que lutou contra a escravidão no nordeste. A ocasião tem o objetivo de fazer uma reflexão sobre a luta do povo negro e a questão da igualdade social no Brasil.
Além da festa e da lembrança histórica, a data foi idealizada para marcar e abrir o debate sobre as políticas de ações afirmativas para o acesso dos negros ao que o estado democrático de direito deve oferecer a todo e qualquer cidadão: educação, saúde e justiça social.
A Coordenação e o Comitê de Ações Afirmativas (Proex) promovem, nesta terça-feira (19), o lançamento oficial da Campanha "Racismo Institucional: Desafios, Impactos e Enfrentamentos Contemporâneos nas Instituições". O lançamento será no auditório do Centro Universitário Integrado de Ciência, Cultura Arte (Cuica), no Câmpus de Palmas. Os palestrantes convidados são: professora Maria Santana, pró-reitora de Extensão, Cultura e Assuntos Comunitários; Denise Leite, defensora pública; professor Ladislau Ribeiro; professora Solange Nascimento, coordenadora de Ações Afirmativas da Pró-Reitoria de Extensão, Cultura e Assuntos Comunitários; Narúbia Werreira; e a representante quilombola Celenita Gualberto.
A coordenadora de Ações Afirmativas, Solange Nascimento, falou sobre o objetivo do Novembro Negro na UFT: "O enfrentamento ao racismo institucional procura discutir o que é, e como ele se manifesta nos espaços e quais as formas de enfrentamento a essa realidade na perspectiva de construirmos espaços mais equânimes, com respeito à diferença".
Racismo Institucional
As primeiras referências sobre racismo institucional como conceito se dá na década de 1960, para a promoção de políticas de igualdade racial a partir de estudos na perspectiva pós-colonial de empoderamento e fortalecimento do movimento antirracista promovido por intelectuais e lideranças do movimento Panteras Negras. No Brasil, o Programa de Combate ao Racismo Institucional (PCRI) foi implementado em 2005.
Ele se manifesta em normas, práticas e comportamentos discriminatórios adotados no cotidiano do trabalho, os quais são resultantes do preconceito racial, uma atitude que combina estereótipos racistas, falta de atenção e ignorância. O racismo institucional produz não só a falta de acesso e o acesso de menor qualidade aos serviços e direitos, mas também a perpetuação de uma condição estruturante de desigualdade em nossa sociedade.
Sobre a campanha
A Universidade Federal do Tocantins, nos câmpus de Palmas, Miracema e Tocantinópolis, organizaram atividades em celebração à data, com eventos científicos, oficinas e debates.
As atividades inciaram dia 07 de novembro, no Câmpus de Miracema, com tema da mesa-redonda: Saúde Mental e Racismo Institucional: Discursos e Enfrentamentos, com os palestrantes: Professor Ladislau Ribeiro do Nascimento, Yasmin Parreão, Wítano de Oliveira Santos, Vanda Sibakadi Xerente e Rubenilson Barreto.
Em Tocantinópolis, o evento ocorreu nos dias 13 e 14. No primeiro dia: mesa-redonda com tema "Racismo Institucional: O que você tem a ver com isso?", sendo os palestrantes a Professora Solange Nascimento e Professor João Batista de Jesus Félix. No segundo dia, ocorreu a palestra "Plenária de ações Afirmativas" , com a professora Solange Nascimento.
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