Universidade Federal do Tocantins rumo à internacionalização
Discussão cada vez mais recorrente, a internacionalização das Instituições de Ensino Superior é tema certeiro nos fóruns mundiais de educação. Internacionalizar-se é, para as universidades brasileiras, um grandioso desafio, uma vez que implica não somente no intercâmbio de alunos, técnicos e professores, mas, ainda, na partilha mútua de conhecimentos e na oferta satisfatória de estrutura física e acadêmica para receber pessoas de línguas e culturas tão diversas.
Na UFT, assim, a trajetória não tem sido diferente e, sendo uma instituição ainda tão jovem – completará seus 16 anos no próximo mês de maio -, os modelos de internacionalização das principais instituições de ensino do país e do mundo têm sido guias essenciais rumo a esse objetivo.
A Coordenação de Relações Internacionais (Relinter) – vinculada à Pró-reitoria de Pesquisa e Pós-graduação (Propesq) - é o setor responsável, na Instituição, pelos acordos de cooperação internacionais, mobilidade acadêmica internacional de professores, estudantes e técnicos, além de outras demandas pertinentes à internacionalização.
De acordo com dados da Relinter, há hoje, vinculados à UFT, sete estudantes em universidades fora do país por meio de convênios e programas em parceria. Há, também, professores - três ao todo - complementando estudos fora do Brasil. Na UFT, vindos de outros países, conforme os dados da Relinter, há 19 alunos, de várias nacionalidades, em cursos de graduação em Araguaína e Palmas. Os estudantes estrangeiros têm chegado à Instituição por meio de programas como o Programa de Estudantes - Convênio de Graduação (PEC-G) do Ministério das Relações Exteriores; Programa de Alianças para a Educação e a Capacitação (Paec) da Organização dos Estados Americanos (OEA); e Grupo Coimbra de Universidades Brasileiras (GCUB) e o Departamento de Desenvolvimento Humano e Educação da Organização dos Estados Americanos (DDHE/OEA).
Reestruturação
Antes conhecido como Diretoria de Assuntos Internacionais (DAI), o setor tem passado, desde outubro de 2018, por um processo de reestruturação. Hoje, a coordenação denominada Relinter tem avançado para que a UFT escreva a sua própria política de internacionalização, a fim de acompanhar o cenário e tendências da educação mundial.
“Tenho buscado uma nova ‘roupagem’ para a internacionalização da UFT”, destaca a coordenadora da Relinter, Thelma Lage. “O primeiro passo foi analisar o novo fluxograma de internacionalização que poderíamos adotar. Foram estabelecidos protocolos de intenções já traduzidos para o inglês, o espanhol e o francês, visando agilizar os pedidos de acordos. Também retomamos com força o nosso site, em que podem ser acessados documentos, formulários e informações que padronizam, profissionalizam e agilizam o processo de internacionalização da Universidade”.
Na página da Relinter, podem ser encontrados os acordos internacionais da UFT, modelos e fluxograma para a proposição de novos acordos, notícias, orientações aos intercambistas que chegam à Instituição e aos alunos, professores e técnicos que saem ao exterior, entre outros acessos e serviços disponíveis.
Sobre as oportunidades atualmente disponíveis para a comunidade da UFT, Thelma relata: “além dos acordos vigentes, temos as bolsas do Programa Santander Ibero-americanas, a aplicação dos exames Toefl de proficiência em inglês e, a partir da próxima semana, lançaremos os editais dos cursos presenciais vinculados ao Idiomas sem Fronteiras (IsF).”
Internacionalização em expansão
Embora a UFT encontre-se em processo recente de expansão de sua internacionalização, tem empenhado esforços para aprofundar o diálogo, em especial, com instituições de ensino – brasileiras e internacionais - experientes na questão. Buscam-se, com isso, os caminhos que tornem possível, à UFT, avançar na construção de sua identidade, referência e visibilidade frente os parceiros internacionais.
“Todas as universidades que apresentam um melhor desempenho acadêmico, científico e, sobretudo, retorno para a sociedade, são instituições que já estão em processo avançado de internacionalização ou, então, já são internacionais”, ressalta o pró-reitor de Pesquisa e Pós-graduação, Raphael Sanzio.
Ainda conforme Sanzio, há atividades que já demonstram a tendência da UFT em se tornar internacional. “Isso é observado pelos convênios acadêmicos e científicos que temos estabelecido tanto com instituições de países do hemisfério Sul quanto do Norte. Temos, também, iniciado as traduções dos conteúdos de nossas páginas e a oferta de disciplinas em inglês, além do lançamento recente de bolsa para pesquisador-visitante internacional, envio de doutorandos para estágios-sanduíche, entre outras ações em curso”.
Apoio à mobilização discente
Em 2017, um grupo de estudantes estrangeiros da UFT reuniu-se para retomar um projeto surgido em 2005, que consistia em reunir todos os estudantes e professores de outros países numa associação. De acordo com Donat Christian Mbimbi, estudante congolês que cursa Filosofia no Câmpus de Palmas e que é o atual presidente da Associação dos Filhos e Amigos da África (Afaa), a Universidade tem dado um apoio substancial à associação, que foi efetivamente criada em julho de 2018. O vice-presidente da entidade, o angolano Aires Panda, conta que, hoje, a associação está juridicamente legalizada e passou a congregar não apenas africanos, mas também discentes de quaisquer nacionalidades.
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