Com cerca de 70 trabalhos apresentados, I Encontro de Pesquisadores Negros do Tocantins discute identidade e resistência
O I Encontro de Pesquisadores (as) Negros (as) do Tocantins se encerra nesta quinta-feira (04). Após três dias de evento, segundo a organização foram apresentados cerca de 70 trabalhos, distribuídos em 11 grupos de trabalhos (GTs), com destaque para o GT de Feminismo Negro. Para conferir a lista de trabalhos apresentados, acesse o site do evento aqui.
Extermínio da Juventude Negra
Na palestra de abertura ministrada pelo professor da Universidade Estadual do Pará (UEPA), Aiala Colares Couto, sobre o Extermínio da Juventude Negra no Brasil, foram apresentados dados que evidenciam a questão e a necessidade de desenvolvimento e aplicação de políticas públicas adequadas. Segundo o Atlas da Violência de 2017, a cada 100 pessoas assassinadas no Brasil, 71 são negras. Entre 2013 e 2017, a taxa de homicídios de jovens negros cresceu em 9%.
Abertura
Na mesa de abertura, a realização do evento foi comemorada como ação não só de pesquisa científica, mas também de pertencimento e resistência, como afirmou a coordenadora de Ações Afirmativas e organizadora do evento, Solange Nascimento. “A Universidade tem que ser espaço de resistência e não pode ser um espaço de negação dos povos tradicionais”.
A Pró-Reitora de Extensão, Cultura e Assuntos Comunitários (Proex), Maria Santana, se emocionou ao comentar o esforço que foi para a Universidade promover o evento. “É um desafio. Houve enfrentamento. Disseram que a UFT não deveria promover. Eu sei a importância da gente estar aqui e o que significa uma mulher preta ocupando cargo de poder”.
O reitor Luís Eduardo Bovolato também reforçou sobre a pertinência do evento. “Vale a pena lutar. Desde o lançamento do edital para o evento, as críticas mostraram o quanto a Universidade ainda tem de mudar para eliminar os preconceitos. A Universidade é um reflexo da sociedade”.
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