Participantes de seminário destacam importância das pesquisas regionais sobre arquitetura
O II Seminário de Arquitetura Moderna na Amazônia (II Sama), cuja programação está sendo realizada no Câmpus da UFT em Palmas, no Centro Universitário Integrado de Ciência, Cultura e Arte (Cuica), e no Centro Universitário Luterano de Palmas (Ceulp/Ulbra) recebeu mais de 400 inscrições, com pessoas oriundas de pelo menos 12 estados brasileiros.
E não são apenas estudantes, pesquisadores e professores de Arquitetura e Urbanismo que estão participando do II Sama. A arquiteta Carime Afonso dos Santos Leite veio de Porto Velho (RO) para participar do evento. Formada pela Federal de Alagoas (Ufal), ela conta que soube da realização do Seminário por intermédio de um colega em Manaus (AM) e resolveu participar. "Foi uma oportunidade para conhecer Palmas (que não conhecia) e também para fortalecer os estudos em relação à produção regional na área de Arquitetura", pontuou. Carime destacou também que o Seminário serve também como ponto de integração entre os profissionais e para fomentar novas pesquisas.
Vinda do Maranhão e estudando no Ceulp/Ulbra (em Palmas/TO), Lais Baltar é outra acadêmica que reforça a importância de se conhecer os trabalhos regionais em Arquitetura e Urbanismo. "É muito bacana conhecer um pouco mais das histórias que envolvem a formação das cidades em nossa região - como Palmas, por exemplo - e do que está sendo produzido na área". Ela ressaltou que havia pouco conhecimento acerca das referências locais para estudos, mas que a partir de eventos como o Sama é possível ampliar o olhar quanto aos trabalhos produzidos na região amazônica.
A estudante do 8° período de arquitetura da UFT, Priscila de Brito Guimarães, afirma que o evento está sendo muito interessante por agregar conhecimento. "Percebo o quanto é importante debater e ouvir palestrantes conceituados na Arquitetura falando sobre a nossa região, em especial Palmas. Além disto, é ótimo termos a oportunidade de debater os problemas de uma capital planejada. Seguindo estas discussões, nós como estudantes e futuros arquitetos poderemos pensar em propostas para melhorar a gestão pública”, disse.
Segundo a organização do II Sama, estão presentes no evento pesquisadores, estudantes, professores e profissionais de toda a Amazônia Legal (Tocantins, Pará, Amazonas, Amapá, Acre, Rondônia, Roraima) e ainda, Brasília, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Maranhão e São Paulo. A professora Patrícia Orfila, da organização do evento, diz que o Sama representa o início e ampliação de uma rede de pesquisadores na área de Arquitetura na região amazônica.
Palestras
Na manhã desta quarta-feira a programação teve palestra sobre "Tecnologia Indígena na produção da Arquitetura", com o professor Dr. José Afonso Botura Portocarrero e uma mesa-redonda sob o tema "Modernidades no Cerrado", com os professores Dr. Eduardo Rosseti (UnB) e Dr.ª Aline Caixeta (UFG), sob mediação do professor Dr. Ângelo Marcos Arruda.
Assembleia
Na tarde de terça-feira (14), ocorreu a Assembleia do Sama, no qual uma das principais deliberações foi sobre a escolha do local em que será realizado o III Seminário de Arquitetura Moderna na Amazônia (Sama). A cidade escolhida foi Belém (PA), na Universidade Federal do Pará (UFPA). O evento deve acontecer no primeiro semestre do ano que vem. De acordo com a professora da UFT, Patrícia Orfíla, a escolha foi boa e de iniciativa da própria representação da UFPA no Sama.
Na Assembleia, também foi discutida sobre a intenção e importância da criação do Mestrado de Arquitetura na UFT. "A única pós-graduação na área na região amazônica é na UFPA, o que gera uma demanda de qualificação para esta área de formação, e com o lançamento da Revista Moderna da Amazônia pela UFT, com a publicação de artigos, contribuirá para o aumento da pontuação no Qualis, o que ajuda na aprovação do curso pela Capes", explica Patrícia.
Ainda, segundo ela, a Revista já está com a primeira e segunda edições prontas para publicação. "Os artigos a serem divulgados nestas edições são os trabalhos oriundos do I Sama em Manaus, e do II Sama, que ocorre aqui na UFT. Portanto, a abertura para submissão de novas publicações deve ocorrer somente para o ano que vem, pois as edições são semestrais", diz.
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