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Histórico

A história do Programa de Pós-Graduação em Linguística e Literatura (PPGLLit) tem início com as atividades do Mestrado Acadêmico em Ensino de Língua e Literatura (MELL), em fevereiro de 2010, após publicação da Portaria MEC, DOU 13/10/2009, Parecer CES/CNE 253/2009. Até então, no Estado do Tocantins, não havia curso de pós-graduação stricto sensu na área de Linguística e Literatura. Nas humanidades, o único curso existente era o mestrado acadêmico em Ciências do Ambiente/UFT, inserido na área Interdisciplinar.

            A aprovação do programa contribui para minimizar a distribuição desequilibrada da oferta de cursos de humanidades na Região Norte, quando comparada às demais regiões brasileiras. Desse modo, o mestrado serviu para fortalecer os estudos linguísticos e literários aplicados ao ensino básico, contribuindo para a formação de professores e como uma nova possibilidade de qualificação para egressos das Licenciaturas em Letras e áreas afins, como História, Pedagogia e Filosofia.

            Seguindo rigorosamente os critérios pedagógicos e de gestão propostos pela CAPES e, com isso, obter a nota 4 na Avaliação Quadrienal, ao final do terceiro ano de atividades, foi aprovado, em 2012, o doutorado em Letras. Ressaltamos que até aquele momento inexistia doutorado na área de Linguística e Literatura na Região Norte do Brasil. A partir de então, a denominação passou a ser Programa de Pós-Graduação em Letras: Ensino de Língua e Literatura (PPGL) com oferta dos cursos de Mestrado e Doutorado. Em 2022, a partir da atualização da própria denominação da Área, o colegiado deliberou nova modificação no nome, e o PPGL passa a ser PPGLLit – Programa de Pós-graduação em Linguística e Literatura.

            Ao longo dos anos, o PPGLLit vem contribuindo para a Meta 14 do Plano Nacional de Educação (PNE - 2014/2024), Lei n. 13.005/2014, com a elevação da oferta de matrículas na pós-graduação em Letras no seu campo de abrangência (principalmente regiões norte e nordeste). O programa ainda responde ao desafio formulado pela Meta 16, do PNE, que preconiza a formação de 50% de professores da educação básica em nível de pós-graduação. Considera, nessa direção, também a formação continuada, as necessidades, demandas e contextualizações dos sistemas de ensino. Destaca-se ainda que, em função de sua proposta de inclusão e atenção a demandas de grupos minoritários, o  PPGLLit, desde seu primeiro edital de seleção, tem ofertado cotas para deficientes, indígenas, pretos e pardos.

            A presença do PPGLLit no cenário da formação de pesquisadores comprometidos com a formação inicial e continuada de docentes repercute de forma positiva na qualidade da educação regional, somado ao fato de que gera saberes que ampliam conhecimentos para a própria área de Linguística e Literatura em nível nacional, com impactos maiores, em função da atuação dos egressos, em municípios do Tocantins, do sul do Maranhão e sul do Pará. Esse campo de maior influência é resultante ainda do intenso diálogo estabelecido com a UNIFESSPA (Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará), de que resultou, inclusive, o projeto PROCAD-Amazônia, confirmando pesquisas que mais diretamente se voltem para problemas da Amazônia Legal. Mais recentemente, temos a parceria com o Programa de Mestrado Profissional da UEMASUL (Universidade Estadual da Região Tocantina do Maranhão).

            Desde seu projeto inicial, o PPGLLit assumiu sua identidade de programa vinculado a pesquisas aplicadas ao ensino de língua e literatura, muitas vezes com trabalhos resultantes de uma convergência interdisciplinar. Como tal, seria o primeiro Programa de Pós-graduação em Letras do país imediatamente implicado com esse fim, tornando-se por isso mesmo referência nacional para pesquisadores que se dedicam não apenas aos avanços teóricos da área quanto ao campo aplicado. A partir dessa orientação e compromisso, ao longo do tempo o programa passou a exercer sensível influência nos rumos da escolarização, sobretudo no estado do Tocantins, com egressos ocupando funções diversas tanto na rede pública da educação básica, como gestores, docentes, agentes de formação continuada. Essa situação se dá também no impacto da inserção de docentes mestres e doutores no ensino superior das redes públicas e privada.

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