UFT encerra ciclo 2020-2022 do programa de Iniciação à Docência

O Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência  (Pibid), que tem por finalidade fomentar a iniciação à docência e proporcionar aos discentes na primeira metade do curso de licenciatura uma aproximação  ao cotidiano das escolas públicas de educação básica, através da concessão de bolsas num período de 18 meses, encerrou mais um ciclo no mês de abril.

A ação faz parte da Política Nacional de Formação de Professores do Ministério da Educação (MEC), via Capes. A UFT integra o Programa desde o ano de 2007 e a cada dois anos tem sido contemplada nos editais nacionais. A coordenadora do Pibid na UFT, professora Regina Célia Padovan, explica que em cada edital é elaborado um projeto institucional pela universidade que concorre em um conjunto de 250 instituições de ensino superior.

Resultados

O último edital contemplado iniciou suas atividades em novembro de 2020 e encerrou no mês de abril de 2022. Este ciclo foi marcado pela diversidade de planejamento e atividades pedagógicas diferenciadas, devido ao contexto da pandemia Covid-19. A UFT contou com a participação de 16 professores, na função de coordenadores de área; 01 professor como Coordenador Institucional; 48 professores da rede pública de ensino, na função de supervisores oriundos de 24 escolas; uma média de 380 alunos pibidianos bolsistas e 90 alunos voluntários, vinculados a 09 cursos de licenciatura regular, desenvolvidos em 06 câmpus da instituição. A média de alunos atendidos nas escolas pelo programa aproxima-se a 2500 alunos da educação básica.

Patrícia conta que os 16 núcleos de iniciação à docência vinculados aos cursos adotaram metodologias e recursos condizentes à situação, como a permanência dos encontros semanais remotos para estudos, elaboração de atividades e materiais em conjunto com os supervisores, como roteiros de estudos, produção de vídeos e vídeos aulas, construção de páginas e sites, projetos de intervenção, sequências didáticas, entre outros, assim como aplicabilidade de atividades diretamente nas escolas após retorno das aulas presenciais. 

Outro ponto destacado pela coordenadora do Pibid, é que o Projeto Institucional (PI) apresentou como meta a melhoria dos índices de escolaridade nas escolas públicas, utilizando como estratégia o cumprimento de ações pedagógicas oriundas dos estudos e processos metodológicos da alfabetização literacia e numeracia (cursos de Pedagogia), bem como do desenvolvimento das habilidades e competências propostas pelos diferentes objetos científicos das demais áreas do conhecimento (Biologia, Educação Física, Educação do Campo, Física, Geografia, História, Letras, Matemática, Química), na interação entre o conhecimento científico, as diretrizes curriculares (BNCC), os projetos pedagógicos dos cursos e a realidade social das comunidades escolare. Tudo isso, promovendo uma formação docente contextualizada e desafiadora, na articulação entre a teoria e a prática pedagógica.

“Nos projetos elaborados são propostas metas, objetivos e indicadores de acordo com o perfil do edital nacional publicado. As ações são planejadas e executadas pelos diferentes grupos de professores, alunos e cursos em consonância com a realidade social e educacional das escolas. Os resultados obtidos podem ser visualizados nas ações e atividades didático pedagógicas, na produção de materiais didáticos, planos de aulas, sequências didáticas, criação de sites, vídeos aulas, blogs, jogos, oficinas, registros em portfólios, publicação de artigos e livros, apresentação dos bolsistas em eventos científicos, ingresso de professores supervisores em curso de mestrado, entre muitos outros indicadores gerados”, afirma Regina.

Fazendo a diferença

O trabalho desenvolvido pelo Pibid realizou um conjunto de ações oriundas dos diferentes núcleos, fazendo a diferença na dinâmica pedagógica das escolas participantes. Entre as atividades e ações que contribuíram para a melhoria do aproveitamento escolar estão:

• Construção de Roteiros pedagógicos de estudos;
• Confecção de materiais didáticos virtuais (Blogs e sites);
• Planos de aula organizados e atividades de estudos;
• Realização de palestras pelos alunos Pibidianos - documentos institucionais;
• Projetos de apoio pedagógico;
• Interação e devolutivas das famílias sobre atividades aplicadas em turmas de séries iniciais
  Tertúlias pedagógicas e literárias  com a participação das famílias e profissionais da escola;
• Construção de Oficinas Temáticas Pedagógicas;
• Projeto "Pedagogia da Presença", produção e encaminhamento de materiais e atividades didáticas junto às famílias de região rural ou escolas do campo;
• Projeto “Busca ativa”, trabalho do Pibid junto às escolas do campo em casos de alunos evadidos, desistentes;
• Vídeos de jogos matemáticos e sites;
• Projetos de pesquisa em Ensino de Física;
• Construção de mapas,  maquetes e gráficos para uso do professor supervisor.

Para Regina, todo o trabalho desenvolvido representa o diferencial do programa no fortalecimento das licenciaturas e dos alunos licenciandos, sobretudo do vínculo  e do necessário debate da docência com a realidade escolar: “O maior desafio do Pibid ainda é tornar-se uma política pública na área da formação docente.  No tempo da pandemia o programa precisou reinventar possibilidades de estudos e propostas didáticas de materiais e uso de tecnologias, assim como das mídias no suporte aos pibidianos, e em especial, às escolas”.

Abaixo você confere, em imagens, um pouco no que foi desenvolvido.