Diagnóstico precoce do câncer de próstata possibilita 90% de chance de cura segundo especialista do HDT-UFT
Dentre as informações trazidas pelo médico urologista do Hospital de Doenças Tropicais da Universidade Federal do Tocantins (HDT-UFT), João Vitor Quadra Vieira dos Santos, em live (disponível neste link) realizada nesta quarta-feira (01), chamou atenção a de que o câncer de próstata é uma doença extremamente comum, mas que tem um percentual alto de chance de cura, segundo ele, mais de 90%, caso seja detectado no início, por isso a importância do homem se cuidar e buscar atendimento médico. A gravação também está disponível na galeria de vídeo do site do hospital.
Segundo o profissional, os homens vivem em média 5 a 7 anos a menos que as mulheres, e isso muitas vezes se dá pela falta de cuidado com a saúde. “O câncer de próstata é uma doença corriqueira, quando a gente exclui o câncer de pele, é a principal causa de neoplasia no homem, então um a cada seis homens vai ser diagnosticado ao longo da vida com essa doença; 25% dos portadores de câncer, vão morrer da doença”.
Fatores de risco
O principal fator de risco é a idade, quanto mais tempo de vida, mais risco de adquirir a doença.
Outro fator extremamente importante é a hereditariedade. Parente de primeiro grau que desenvolveu a doença, tem duas vezes mais chance de ter também, e quando dois parentes de primeiro grau com a doença, a chance aumenta de duas para seis vezes, comparado a um paciente que não tem histórico familiar.
Paciente negro tem mais chance de ter a versão do câncer mais agressivo por questões genéticas.
Por fim, a obesidade também é um fator de risco para grande parte das doenças cardiovasculares e para câncer de próstata, especificamente os que tem hábitos alimentares específicos como os que consomem muita gordura animal, tendem a ter mais risco de desenvolver a doença do que aqueles que não comem.
Fator protetor
Hábitos de vida saudáveis, atividades físicas, alimentação saudável;
Exposição ao sol, para maiores níveis de vitamina D;
Pacientes sexualmente ativos (relações seguras).
Diagnóstico
Consulta e dois mecanismos: o toque e o PSA (exame de sangue).
O exame do toque é simples, com duração menor que 10 segundos e que não causa dor ao paciente. Ele é um complemento na avaliação da próstata e junto com o PSA (exame de sangue) aumenta a chance de fazer o diagnóstico precoce do câncer de próstata.
Os exames de rastreamento para o câncer de próstata devem começar aos 50 anos para paciente sem fatores de risco e aos 45 anos para pacientes que possuam familiares de primeiro grau com câncer de próstata, mama, paciente negros e obesos.
Sintomas
O câncer de próstata em sua fase inicial não apresenta sintomas. Seu crescimento é lento e apenas começa a gerar sintomas quando já envolve grande parte da próstata ou causa metástases. Nesta fase, os principais sintomas são: alteração do jato de urina (jato fraco, sensação de não esvaziar completamente a bexiga, levantar muitas vezes a noite para urinar), sangue na urina, dor nas costas (principalmente na região lombar baixa - sítio comum de metástases).
Tratamento
Atualmente o câncer de próstata vai ser tratado de acordo com algumas características específicas do tumor. Dentre as opções para o tratamento da doença que ainda está restrita à próstata (sem metástases) temos a cirurgia com retirada de toda a próstata, a radioterapia que por radiação sem a necessidade de cirurgia destrói as células malignas com ou sem o uso de medicamentos para inibir o crescimento do tumor.
Mitos
O exame de próstata não afeta a masculinidade do homem e é um exame sigiloso (apenas o médico e o paciente saberão que ele foi realizado).
Apesar do tratamento para o câncer de próstata aumentar o risco de impotência e incontinência urinária, nem todos os pacientes passarão por isso após o tratamento.
Sobre a Rede Ebserh
Vinculada ao Ministério da Educação (MEC), a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh) foi criada em 2011 e, atualmente, administra 40 hospitais universitários federais, apoiando e impulsionando suas atividades por meio de uma gestão de excelência.
Essas unidades hospitalares, que pertencem a universidades federais, têm características específicas: atendem pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS), e, principalmente, apoiam a formação de profissionais de saúde e o desenvolvimento de pesquisas.
Devido a essa natureza educacional, os hospitais universitários são campos de formação de profissionais de saúde. Com isso, a Rede Ebserh atua de forma complementar ao SUS, não sendo responsável pela totalidade dos atendimentos de saúde das regiões em que os hospitais estão inseridos, mas se destacam pela excelência e vocação nos procedimentos de média e alta complexidades.
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