Ir direto para menu de acessibilidade.
Página inicial > Últimas Notícias > Nome de nova espécie de candiru faz referência ao Centro de Pesquisa Canguçu
Início do conteúdo da página
DESCOBERTA CIENTÍFICA

Nome de nova espécie de candiru faz referência ao Centro de Pesquisa Canguçu

Written by Samuel Lima | Published: Tuesday, 07 December 2021 05:19 | Last Updated: Tuesday, 07 December 2021 09:32

Centro de Pesquisas do Canguçu e no detalhe a foto da nova espécie encontrada (Fotos: Divulgação Canguçu e Axel Katz/Divulgação)Centro de Pesquisas do Canguçu e no detalhe a foto da nova espécie encontrada (Fotos: Divulgação Canguçu e Axel Katz/Divulgação)

A descoberta de uma nova espécie de candiru no Tocantins foi objeto de um artigo publicado no Journal of Fish Biology, em setembro último. Como forma de homenagem ao Centro de Pesquisas Canguçu - ligado à UFT, os autores da descoberta, Elisabeth Henschel, Axel Katz e Wilson Costa, deram à nova espécie o nome de Paracanthopoma cangussu.

Elisabeth, que é doutoranda em Genética pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, explica que a descoberta ocorreu sob orientação do professor Wilson Costa. "Minha tese visa entender a evolução morfoecológica dos peixes candirus, ou seja, como suas características morfológicas únicas associadas ao hábito parasita e como suas preferências alimentares evoluíram de diferentes formas ao longo do tempo. Alguns candirus se alimentam exclusivamente de sangue, enquanto outros podem se alimentar de pele, muco e escamas de outros peixes e até mesmo de matéria orgânica em decomposição". Segundo ela, para ter acesso à toda a variedade de formas e hábitos desses animais é preciso coletar diferentes populações das várias espécies de candirus que existem. "E por incrível que pareça, existem dezenas de espécies novas de candirus ainda a serem descobertas e descritas", destacou.

A receptividade no Centro de Pesquisas Canguçu, a infraestrutura física encontrada e os apoio logístico recebido no CPC foram preponderantes para que os cientistas resolvessem homenagear o Centro nomeando a nova espécie em referência ao Canguçu. Elisabeth explica que "como os nomes das espécies devem ser latinizados, optamos por utilizar dois “s” ao invés do “c” (sem cedilha, pois não é permitido) para manter a sonoridade do nome." Ainda sobre o Centro de Pesquisas Canguçu ela destaca que "o alojamento supre toda a necessidade de uma equipe de pesquisadores, com quartos, banheiros, cozinha e lugar para guardamos equipamentos e bagagens. A estrutura oferecida pelo CPC Canguçu vai muito além da parte física: toda a equipe de barqueiros, cozinheiros e trabalhadores conhece muito bem a região e são pessoas extremamente amorosas, simpáticas e carinhosas, o que torna todo o trabalho de campo muito mais prazeroso", disse. 

O coordenador do Centro de Pesquisas do Canguçu, professor Renato Sarmento, disse que o local tem apoiado pesquisadores da UFT e de outras instituições de pesquisa brasileiras e do exterior com alojamento, equipamentos, pessoal e logística. "Anualmente recebemos pesquisadores que usam o Centro de Pesquisa para ter acesso à região da Ilha do Bananal/Cantão que possui características únicas, por estar na transição do Cerrado com a Amazônia e ser considerada a área de maior biodiversidade do Estado e uma das mais importantes do país, pela presença de ecossistemas singulares e espécies endêmicas, que só ocorrem naquela região. Todos esses atributos tornam o Centro de Pesquisa Canguçu uma unidade estratégica para a UFT, atuando na formação de pesquisadores, aquisição de conhecimentos e estabelecimento de parcerias", destaca Sarmento.

Confira a íntegra do paper (em inglês) neste link.

O Centro

O Centro é mantido em parceria com o Instituto Ecológica, Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (Oscip) brasileira pioneira na área de mudanças climáticas, fundada em 2000, que, nos últimos anos, contribuiu para a redução de emissões em nível local através da promoção do uso de energias renováveis, reflorestamento e capacitação de famílias e profissionais na região do entorno da Ilha do Bananal. O CPC é localizado no sudoeste do Tocantins nas confluências do Parque Nacional de Araguaia, na Ilha do Bananal. O CPC gera oportunidade para diversas produções científicas, dissertações e teses de mestrado e doutorado.

Conheça mais sobre o Centro, no vídeo de divulgação abaixo:

registrado em:
Fim do conteúdo da página