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Recepção a indígenas e quilombolas movimenta o Câmpus de Palmas

Written by Thuany Gonçalves | Supervisão: Samuel Lima | Published: Friday, 12 April 2019 18:45 | Last Updated: Friday, 12 April 2019 18:45

 Calourada Indigena e Quilombola (Foto: Gihane Scaravonatti/Sucom)Calourada Indigena e Quilombola (Foto: Gihane Scaravonatti/Sucom)

A tarde desta sexta-feira (12), foi marcada pela recepção de calouros de diversos cursos no Câmpus da UFT em Palmas, durante a Calourada Indígena e Quilombola. A recepção foi realizada no Anfiteatro do Bloco D. A ação foi promovida pela Coordenação de Ações Afirmativas, que também fez a apresentação de alguns projetos de extensão da Pró-reitoria de Extensão, Cultura e Assuntos Comunitários (Proex), à qual está vinculada.

Para a coordenadora de Ações Afirmativas da UFT, professora Solange Nascimento, o objetivo da Calourada é acolher e integrar os alunos a partir dos seus elementos culturais. “Muitos dos estudantes indígenas e quilombolas que ingressam na Universidade têm suas próprias vivências dentro das suas comunidades. Então, é importante que não ocorra uma ruptura entre os seus saberes tradicionais e práticas culturais no espaço acadêmico. A gente trabalha as perspectivas de um espaço que realmente comporte as diferenças”, relata.

Reginaldo Sinã Xerente, 21 anos, calouro do curso de Pedagogia na UFT e pertencente à etnia Xerente (Tocantínia), diz que é uma grande oportunidade ingressar na universidade. “Agradeço a Deus por estar aqui e espero que eu possa viver os melhores momentos da minha vida nessa faculdade. Quero ter um bom aprendizado, no qual eu possa passar o meu conhecimento para o meu povo”, disse.

Lucas Jordan Serrão, de 20 anos, é discente do curso de Teatro. Ele destaca que até o momento o ambiente está bem tranquilo. “Estou com bastante expectativa, pois pretendo aprender com os professores e meus colegas. Espero que eu goste do curso, porque pelo menos da universidade, já estou gostando.”

Miranda Gabriela David, de 28 anos, está no 6º período do curso de Nutrição e relata que na época do seu ingresso à universidade, foi complicado por não conhecer ninguém. Para ela, participar de um momento de integração com os calouros como o que ocorreu nesta sexta-feira, é uma grande vitória. “Hoje não temos problemas de adaptação, pois a relação com os colegas é muito boa. A principal coisa para os indígenas que estão entrando agora é procurar todo o suporte possível, inclusive, os monitores, que estão mais preparados e possuem uma capacidade maior para ensinar até mesmo com orientações de como se inscrever em auxílios, obter carteirinhas estudantis, entre outros. Buscar essas pessoas facilitam nossa vida na universidade”, destaca.

Houve também exposição de artesanatos e pintura corporal, além da exibição do filme Chuva é Cantoria na Aldeia dos Mortos. Os alunos se apresentaram entre si e receberam incentivos dos acadêmicos que já fazem parte do ambiente universitário, bem como o incentivo de alguns egressos. Coordenadores de diversos cursos também participaram da Calourada. Ao final saborearam um lanche coletivo.

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