Comitê discute políticas de ações afirmativas na UFT
Na tarde dessa quinta-feira (30), ocorreu a primeira reunião de planejamento das ações do Comitê da Política de Ações Afirmativas da Universidade Federal do Tocantins (UFT), realizada pela Pró-reitoria de Extensão, Cultura e Assuntos Comunitários (Proex), que estimulou o processo de debates acerca de ações que auxiliam quilombolas, indígenas, cotistas entre outros. Estão à frente da organização do Comitê, a Pró-reitora Maria Santana (Proex) e a coordenadora de Ações Afirmativas (Proex), professora Solange Nascimento, como também, a Vice-reitora, Ana Lúcia de Medeiros.
Na reunião, a vice-reitora Ana Lúcia de Medeiros, explicou que o Comitê marca seu primeiro passo para uma grande ação da gestão da Universidade, que é discutir as políticas afirmativas com o objetivo maior da permanência, com sucesso, dos estudantes indígenas e quilombolas. "A Universidade já deu um passo nos anos de 2004 e 2005, com a criação das cotas para este grupo específico. O modelo desenvolvido pela Proex é intrínseco, pois permite que comunidades e entidades externas e internas participem destes comitês para debater e mostrar a realidade da vivência pelas cotas", frisou Medeiros.
Ainda para a vice-reitora, conhecer os envolvidos em ações afirmativas permite um apanhado de experiências vividas por acadêmicos e universidade no todo e no que pode ser mudado. "Por exemplo, dentro das universidades ainda é possível perceber a política do racismo, xenofobia, misoginia, por isso é importante ter esta interação", complementou.
Relevância
Participando da reunião, o professor do curso de Letras do Câmpus de Araguaína, Francisco Albuquerque, coordenador do Laboratório de Línguas Indígenas, ressalta que "é importante que a comunidade em geral dos campis, passem a entender o que são ações afirmativas, para que se quebre todo pensamento preconceituoso com essas políticas, com isso o debate sobre este assunto trará conhecimento sobre o que se pode mudar", conclui.
Também na reunião, o estudante do curso de Engenharia Civil do Câmpus de Palmas, Igor Andrade, que é indígena da tribo Pankára, destacou que o Comitê permite um debate que abranja a importância da continuidade de cotistas raciais. "Ultimamente, se vê um grande número de evasão de quilombolas e indígenas na UFT", pontuou.
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