Chegou o segundo domingo do mês de agosto e com ele o dia dos Pais.
A data tem sua origem na Babilônia, há mais de quatro mil anos, quando um jovem chamado Elmesu teria desejado sorte, saúde e vida longa ao seu pai, através de um cartão, feito por ele, de argila.
No Brasil, a celebração surgiu de uma ação publicitária de Sylvio Bhering, no ano de 1953. A ideia era estimular o comércio no segundo semestre, assim como o Dia das Mães aquecia no primeiro semestre.
Mas e por que comemorar essa data quando mais de seis milhões de crianças ainda não possuem o nome do pai na certidão de nascimento, de acordo com dados da Associação Nacional dos Registradores de Pessoas Naturais (Arpen Brasil)? Quando ainda há tanto abandono afetivo? Quando mães solo somam mais de 11 milhões de mulheres, só no Brasil?
Simples: devemos e precisamos celebrar os pais que são pais. Independente de credo, raça, religião, sexualidade, genética: pai é pai. É aquele que participa ativamente da vida do filho ou da filha.
E para homenagear a esses, que não são meros genitores, entrevistamos o servidor da UFT Daniel dos Santos. Ele é pai do Téo, de 6 anos. É separado e compartilha a guarda da criança com a mãe.
Abaixo ele vai retratar um pouco do seu cotidiano com o pequeno.
“A rotina com meu filho Téo, nessa pandemia, tem sido buscar ele na casa da mãe logo cedo e acompanhar ele durante a aula online. Para o intervalo, preparo o lanche de leite com chocolate ou vitamina de abacate e um pão com manteiga, que é o que ele gosta.
Na hora do almoço, a comida que ele mais gosta que eu faça é macarrão à bolonhesa. Só assim para ele terminar de comer rápido. E para o almoço tem uma playlist só com músicas que ele gosta, mas baseada no meu gosto e que apresentei para ele. Não sou besta.
Pela tarde, enquanto estou trabalhando no computador, ele fica no quarto dele brincando ou desenhando enquanto a TV tá passando algum desenho. Mas tem uma hora que ele fica entediado e me chama para jogar jogo da memória ou montar um quebra-cabeça que quebra a minha cabeça.
Quando o sol começa a se pôr, levo ele e a nossa cachorra Sombra para passear na pracinha e encontrar meu amigo de caminhada. Por lá, todas as crianças aguardam por ele correndo em seu patinete. Dá para ouvir a voz dele de qualquer ponto da pracinha propondo uma brincadeira com os amiguinhos.
Por volta das 19h levo ele na cadeirinha da minha bicicleta de volta para a casa da mãe dele para jantar e dormir antes de repetir tudo no dia seguinte.
Nos finais de semana em que ele passa comigo, a gente assiste alguma série ou filme juntos, saímos para passear com minha namorada e meus amigos, mas não podemos faltar na pracinha.
Na hora de deitar, tenho que botar ele para fazer xixi para a cama não amanhecer molhada. E eu, que sou ateu, tenho que fazer com ele a oração que a mãe ensinou para a hora de dormir.
Uma coisa bem legal que a gente fez durante a pandemia foi assistir Cavaleiros do Zodíaco inteiro juntos. Era um desenho da minha infância que nunca tinha assistido todo. Agora sei qual é o final e o Téo também. É só uma das vantagens de ter filho.”
A UFT parabeniza o Daniel por seu papel na vida e formação do seu filho Téo, bem como todos servidores docentes, técnicos administrativos, terceirizados e alunos que são pais e aos seus pais.
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