Universidade Federal do Tocantins

O 22º Enejor ocorreu em Manaus e teve trabalho do Curso de Jornalismo da UFT entre os melhores

No próximo dia 12 de abril, o Cine Cultura de Palmas será palco da estreia de um filme que promete dar voz a uma realidade muitas vezes ignorada: a invisibilidade das mulheres travestis no Brasil. O "Invisibilidade" é um filme de curta-metragem escrito e dirigido por Túlio de Melo. O curta foi gravado na cidade do Rio de Janeiro, com a produção da GBM Filmes, uma produtora independente de Palmas, com a parceria da OcriS – Oficina de Criatividade Sonora da UFT.

Com uma narrativa envolvente e sensível, o "Invisibilidade" busca entreter e provocar reflexões sobre o papel da sociedade na marginalização e discriminação de certos grupos. O evento contará com uma exibição comentada do grupo de pesquisa OUTROCAMPO e o Cine Debate do curso de Jornalismo da Universidade Federal do Tocantins (UFT).

Segundo a organização do evento, o filme apresenta a jornada do dia a dia de uma personagem chamada Mychelly, uma mulher travesti que vive uma realidade igual à da grande maioria no Brasil, de invisibilidade. A personagem não tem fala e não tem voz, tal como a grande maioria das mulheres travestis no país. A narrativa do filme é conduzida por imagens e sons, quase que um chamado à reflexão sobre o problema social da invisibilidade desse grupo social excluído na sociedade.

A estreia do filme no Cine Cultura de Palmas promete ser um evento marcante, reunindo entusiastas do cinema e defensores dos direitos humanos e da igualdade de gênero. Após a exibição, haverá um debate aberto com a presença de membros da equipe de produção, representantes da comunidade LGBTQIA+ local e grupos de pesquisa da Universidade Federal do Tocantins, proporcionando uma oportunidade única para a discussão e reflexão sobre as questões levantadas pelo filme.

Em resumo, o "Invisibilidade" além de ser um curta-metragem de ficção que fala sobre verdade; é um chamado à reflexão e à ação. Ao abordar a temática social da realidade das mulheres travestis no Brasil, a obra contribui para ampliar o diálogo sobre diversidade, igualdade e respeito, reforçando a importância do valor humano para além dos impostos sobre a sociedade.

Dia Nacional Da Língua Brasileira de Sinais

A Universidade Federal do Tocantins (UFT) celebra, nesta quarta-feira (24),  o  Dia Nacional da Língua Brasileira de Sinais (Libras).

Essa data é significativa e representativa para a comunidade surda. Na UFT, há o curso de graduação para formar professores de Libras, Câmpus de Porto Nacional. A conquista de intérpretes em diferentes espaços da sociedade, o Enem sendo ofertado com versão em Libras para os estudantes surdos, desde 2017, e outras conquistas, perpassam pela prerrogativa do reconhecimento da Libras enquanto língua que deve ser difundida em  todos os espaços da sociedade.

Para Isabella Silva, aluna surda do sexto período de jornalismo na UFT, Câmpus de Palmas, a ocupação de todos os espaços, pela Língua de Sinais,  é fundamental. Ela afirma: “A minha experiência na UFT está sendo muito importante por ser a primeira aluna surda no curso, mostrando que pessoas com deficiência são capazes de se formar na profissão que desejam”.

Atualmente, Isabella conta com três intérpretes de Libras que a acompanham nas aulas presenciais e remotas, além do suporte do setor  de acessibilidade da universidade. Apesar da estrutura institucional, alega o distanciamento com os colegas de classe e faz um apelo: “Acredito que seria muito importante  a universidade oferecer um curso de Libras, como matéria de verão, todos os semestres para que alunos e professores possam aprender a se comunicar, não só comigo, mas também com outras pessoas surdas”, argumentou.  

A Libras é fundamental para as pessoas surdas, envolvendo também desenvolvimento cognitivo, linguístico, social e cultural. O professor e coordenador do colegiado do curso de Letras – Libras, Câmpus de Porto Nacional, Bruno Carneiro, explicou que a graduação objetiva formar professores de Libras para a educação básica, abrangendo tanto o ensino de Libras para ouvintes e pessoas não-surdas, como o ensino de Libras para surdos.

Essa data deve ser lembrada e comemorada, refletindo a importância da Língua Brasileira de Sinais e do ensino  formal para a comunidade surda; afinal, todo ser humano se constitui a partir de uma língua. Além disso, todos os direitos constitucionais  fundamentais que vêm também atrelados aos direitos essenciais, como saúde, esporte, transporte, lazer, moradia, todos eles  se dão pela língua em uso.

Sobre o curso de Libras

Componentes curriculares são relacionados à própria língua, envolvendo os estudos linguísticos de Libras, estudos literários e artísticos provenientes das comunidades surdas, estudos sobre o ensino de Libras como primeira língua, como segunda língua, educação de surdos, didática da educação de surdos, história da educação de surdos, metodologia de ensino de Libras como primeira língua, como segunda língua e escrita de sinais.